O Nieuport 28 era o passo evolutivo e natural da longa linha de
caças de motor rotativo feitos pela Companhia Nieuport. Os desenhistas da
Nieuport perceberam que os seus projetos anteriores tinham ficados obsoletos e atingindo
o potencial máximo de desempenho. Então, foi decidido usar as características
estruturais do SPAD XIII no projeto desse novo caça. Tais características
incluem: uma área de superfície maior na asa baixa e com uma segunda estrutura
ligando as asas; uma segunda metralhadora foi colocada e os ailerons foram colocados
na asa baixa em vez na asa de cima.
O primeiro vôo de teste ocorreu em 5 de junho de 1917.
Infelizmente o caça estava impossibilitado de ultrapassar as performances já estabelecidas
pelo SPAD XIII, que já estava em serviço ativo na Frente. Por isto, os pilotos
franceses recusaram a voar nele e assim esses caças foram dados ao Serviço Aéreo
norte-americano, que tinha chegado há pouco tempo à França. Um total de 208 aviões
foram construídos. Uma vez completado o lote, a Nieuport passou a fabricação do
SPAD XIII.
O Nieuport 28 entrou em serviço pelos esquadrões americanos em fevereiro
de 1918. Devido a uma falta de metralhadoras Vickers, o uso em combate só começou
em março de 1918. Ele era principalmente usado para combater caças inimigos e
balões de observação, raramente ele era usado para escolta de bombardeiro ou
missões de reconhecimento atrás das linhas inimigas.
Os pilotos relataram uma boa taxa de subida, alta manobrabilidade
e velocidade, devido a sua asa fina. Os pilotos também informaram que o avião tinha
controles sensíveis. Durante o combate e em mergulhos longos, o avião tinha a tendência
de rasgar a tela que cobria a asa do topo. Por sorte, vários pilotos
sobreviveram a estes incidentes horripilantes e puderam advertir os outros
pilotos desse defeito e assim evitar o mergulho prolongado em velocidades
altas.
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