A Metralhadora Vickers resultou
de um aperfeiçoamento da Metralhadora Maxim, desenvolvida por Hiram Maxim
no final do séc. XIX. Depois de absorver a Companhia Maxim em 1896, a Vickers pegou o
projeto da Maxim e melhorou-o, reduzindo-lhe o peso e acrescentando-lhe um
impulsionador de boca (dispositivo que usa os gases de saída da boca da arma,
para aumentar o seu recuo).
O Exército Britânico adotou
formalmente a Vickers como metralhadora padrão em 26 de
Novembro de 1912,
com o objetivo de substituir progressivamente as Maxim que tinha em serviço. Ao
iniciar a Primeira Guerra Mundial ainda existiam
muitas Vickers para receber e por isso a Força Expedicionária Britânica
enviada para França
em 1914
ainda ia equipada com Metralhadoras Maxim. A Vickers foi, inclusive, ameaçada
de processo judicial sob acusação de lucros ilícitos com a guerra, em virtude
do preço exorbitante que pedia pela arma. Como resultado, o preço foi reduzido.
À medida que a guerra progredia e
os números de Metralhadoras Vickers aumentavam, ela acabou se tornando a
metralhadora padrão do Exército Britânico, servindo em todas as frentes do
conflito. Quando a Lewis foi adotada como metralhadora
ligeira e atribuída às unidades de infantaria, as Vickers foram classificadas
como metralhadoras pesadas e agrupadas no recém formado Machine Gun Corps
(Corpo de Metralhadores). Depois do aparecimento da variante de calibre .50
pol, as Vickers de .303 pol foram reclassificadas como metralhadoras médias.
A Vickers também foi usada em
aeronaves, como no Sopwith Camel e no Spad XIII. As versões para os aviões eram
as Marks II/III/V mais leves e com refrigeração
a ar. A metralhadora foi ajustada com a engrenagem para disparar pelo raio da hélice
e com o sucesso dessa adaptação, a metralhadora tornou-se uma das melhores armas
instaladas em aviões na guerra.
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