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sábado, 1 de junho de 2013

As táticas do combate aéreo



A tática no combate aéreo tem como objetivo principal, obter uma vantagem e um bom líder de patrulha nunca atacará sem ter uma vantagem. Muito dos fatores a considerar quando se está determinando essas vantagens é tão importante hoje quanto eles eram na Primeira Guerra e que manter o elemento surpresa será o fator mais significativo no combate aereo.

Contudo, o líder de patrulha deve também considerar o poder de fogo, a performance do avião, a habilidade do piloto e a vantagem numérica. A altitude não é tão importante hoje quanto era no passado. Durante a Primeira Guerra, os aviões tinham pouca potencia e demoravam muito para ganhar altura. E se o avião estivesse mais alto, ele teria o luxo de poder escolher entre entrar no combate ou não.

Em 1917, o sucesso ou a falha em um combate aéreo era grandemente creditada a habilidade e a pericia do líder da patrulha, que deveria negociar com a escolha do momento de entrar na luta ao invés de ser bom em combate.

As táticas podem ser divididas em duas partes, primeiro, aquelas usadas pelo líder de patrulha para se aproximar do inimigo e ganhar a vantagem no combate que virá e a segunda, que são aquelas usadas individualmente durante o combate. Se o líder da patrulha fizer bem o seu trabalho, não existirá o combate. O inimigo será surpreendido e destruído antes de ter a chance de reagir.

Além disso, os pilotos da Primeira Guerra não tinham experiências anteriores que pudessem guiá-los num combate aéreo, e aprenderam a duras penas para planejar os melhores métodos de ataque e defesa.

O exemplo mais antigo de um conjunto de regras para os combates aéreos foi o “Dicta Boelcke”, desenvolvido por Oswald Boelcke das suas experiências em combate e que guiaram os ases alemães a partir de então, fortalecendo as formações dos Jastas (esquadrões) em 1916. Embora Boelcke tenha sido morto mais tarde naquele ano, os Jastas seguiram os seus princípios e dizimaram a Royal Flying Corps, durante o abril sangrento em 1917.

Conforme a guerra prosseguia, os combates aéreos se tornaram mais complexos e os patrulheiros solitários viraram coisa do passado também. Voar em formação e trabalhar em equipe se tornou mais importante.

A estratégia germânica foi pensada para ser científica. Eles não estavam dispostos a atacar, exceto se estivessem em uma posição vencedora, derivada das vantagens da altitude, surpresa e da superioridade numérica. Além disso, não hesitavam em fugir de um combate quando esses fatores não estivessem ao seu favor. Eles também evitavam transpor as linhas, para obter as vantagens de em combate sobre o seu território. Eles adotavam a idéia das grandes formações, voando em camadas, e quando você atacava uma dessas camadas, a camada de cima logo cairia em cima de você para atacá-lo.

CRONOLOGIA - PRIMEIRA GUERRA - PARTE 5


1915


ABRIL

1 - Num Morane-Saulnier L, o futuro ás francês Jean Navarre e o seu Observador/Artilheiro, Subtenente Jean Robert, atacam um Aviatik BI alemão em cima de Merval, na França. Robert usa uma carabina e fere o piloto, forçando o Aviatik a aterrissar atrás das linhas francesas e acabando por se render logo em seguida. É a primeira vitória de Navarre.
1 – O Tenente francês Roland Garros marca a sua primeira vitoria disparando uma metralhadora através do raio da hélice, abatendo um Albatros alemão de observação. A metralhadora de Garros não usa qualquer engrenagem ou interruptor para disparar através do raio da hélice, ele instalou cunhas de metal (defletor) na hélice para impedir que os projeteis atingissem as laminas da hélice. Também é a primeira vitoria dele. Ele marcará mais duas mais vitórias deste modo em 15 e 18 de abril.
3 - Adolphe Pegoud, marca a sua 5ª vitória aérea. Ele torna-se o primeiro ás da guerra e também o primeiro ás francês.
9 - Sob ordens dos Generais Sir Ian Hamilton e D'Amade, as forças francesas e inglesas se concentram ao largo de Dardanelos.
13 - Um dirigível Zeppelin lança bombas sobre o aeroporto de Bailleul.
18 - Forças alemãs derrubam Roland Garros e o capturam. Antes de ser capturado, Garros tenta (sem sucesso) destruir a aeronave na tentativa de manter em segredo dos alemães detalhes do defletor de projeteis da sua aeronave. O avião é entregue a Anthony Fokker para inspeção e que em lugar de empregar o método de Garros, ele continua o trabalho já em andamento da engrenagem de interruptor da metralhadora de disparo através do raio da hélice.
18 - Voando o BE2c do RFC, o piloto Lanoe Hawker ataca um hangar de Zeppelin alemão em Gontrode, na Bélgica, ele destrói o novíssimo abrigo e na seqüência destrói também um balão alemão por perto. Ele é premiado com a Distinguished Service Order pela ação. Os alemães deixam de usar Gontrode como uma base de Zeppelins.
22 a 25 de maio - Segunda Batalha de Ypres.
22 - O primeiro uso do gás venenoso (cloro) é introduzido pelas tropas alemãs, em um ataque ao setor canadense, em Ypres, Bélgica.
25 - Campanha de Galípoli: Tropas inglesas desembarcam em Galípoli, na Turquia. Ocorrem violentos embates. O Tratado de Londres é assinado secretamente entre a França, a Rússia, a Grã-Bretanha e a Itália.
26 - A Itália assina o tratado de Londres com os Aliados. O Segundo Tenente William Rhodes-Moorhouse do RFC, do 2º esquadrão, fica mortalmente ferido enquanto levava a cabo um ataque de bombardeio numa junção de estrada de ferro em Kortrijk, Bélgica. Ele morre no dia seguinte. Por esta ação, ele postumamente se tornará o primeiro piloto a receber a Victoria Cross.
28 - Um maciço ataque austro-germânico na região da Galícia provoca violentas baixas nos exércitos russos.


MAIO

1 - O navio norte-americano Gulflight é torpedeado pelo submarino alemão U-30.
7 - O navio britânico RMS Lusitania é torpedeado pelo submarino alemão U-20 à costa da Irlanda e deixa 1.198 mortos, includindo 128 americanos.
9 a 15 - Batalha de Aubers Ridge, também conhecida como a Segunda Batalha de Artois.
15 a 27 - Batalha de Festubert.
23 - A Itália declara guerra à Áustria-Hungria.
25 - A China cede ao ultimato japonês das 21 reclamações.
26 - O governo de coalizão britânico é formado.
31 – O Zeppelin LZ 38 leva a cabo o primeiro ataque aéreo noturno da história à Londres, matando sete pessoas e ferindo 14.

JUNHO

1 - Mais um ataque aéreo a Londres com Zeppelins.
3 - San Marino declara guerra à Áustria-Hungria.
7 - O Zeppelin LZ 37 é o primeiro Zeppelin destruído em combate aéreo quando o Subtenente Reginald Warneford do RNAS do 1º esquadrão, voando num Morane-Saulnier L, o destrói em cima de Ghent, na Bélgica. LZ 37 cai em Sint-Amandsberg, Bélgica, matando uma pessoa no solo e salvando apenas um da tripulação do LZ 37. Dentro de 36 horas, Warneford recebe a Victoria Cross por essa ação.
23 a 7 de julho - Primeira Batalha de Isonzo.
26 - Tem início a Batalha de Argonne.

BIO: Georges Marie Ludovic Jules Guynemer



Georges Marie Ludovic Jules Guynemer
França
Vitórias: 53
Data de nascimento: 24/12/1894 em Paris, França
Morto em ação: 11/09/1917


Guynemer foi o ás mais querido da França. Ele entrou no Serviço Aéreo francês em novembro de 1914 e serviu como mecânico antes de receber o privilégio de ser um Piloto, em abril de 1915. Apesar da sua aparência franzina, ele chegou a participar de mais de 600 combates aéreos e foi abatido 7 vezes, saindo vivo de todas elas. Um excelente piloto e altamente qualificado, ele foi agraciado como o Ás dos Ases franceses. Guynemer recebeu muitas cartas de mulheres que lhe propuseram matrimônio, pedidos de autógrafos de crianças das escolas e era freqüentemente seguido pelas ruas. Ele foi um dos primeiros pilotos a receber um SPAD VII, que o chamou de Vieux Charles (Velho Charles). Em 25 de maio de 1917, ele abateu quatro aeronaves inimigas com o Vieux Charles em um dia. Procurando modos de melhorar o desempenho da sua aeronave, Guynemer armou um SPAD VII com um canhão de 37mm, que disparava acima do raio da hélice. Ele chamou essa aeronave de Máquina Mágica. Durante o verão de 1917, ele abateu duas aeronaves com a Máquina Mágica, apesar da fumaça que enchia a cabina do piloto e do recuo do canhão. Em 11 de setembro de 1917, Guynemer foi visto atacando um Aviatik de dois assentos perto de Poelcapelle, noroeste de Ypres. Quase uma semana depois, foi anunciado publicamente num jornal de Londres que ele estava perdido em ação. Logo depois, um jornal alemão informava que Guynemer tinha sido abatido por Kurt Wissemann do Jasta 3. Durante muitos meses, a população francesa recusava a acreditar que ele estava morto. O corpo de Guynemer nunca foi encontrado.