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quarta-feira, 10 de abril de 2013

PERFIL: Albatros DVa



Em abril de 1917, os engenheiros da Albatros Werke enfrentaram a tarefa de construir um avião de caça rápido e manobrável capaz de sobrepujar qualquer coisa que os Aliados tivessem no arsenal deles. Ele foi desenvolvido do Albatros DIII, que tinha um defeito na asa e que levava a falha caso realizasse um mergulho abrupto. Engenheiros da Albatros não conseguiam descobrir as origens dessas falhas. Uma possível solução seria mover os arames de controle do aileron da asa baixa para cima. 

Na primavera de 1917 começaram os vôos de teste do DV. Embora as aparências externas do Albatros DV e DIII sejam semelhantes, havia importantes diferenças entre eles. O DV tinha a extensão do leme maior e a asa do topo foi abaixada e colocada mais perto da fuselagem, melhorando a visibilidade do piloto. O radiador foi fixado para estibordo da linha central e o corte transversal da fuselagem ficou mais redondo. 

Os Esquadrões de caça receberam o Albatros DV em maio de 1917. Vários meses de combate mostraram que aquele problema da asa não havia sido resolvido. Além disso, o DV ofereceu pouca melhoria no desempenho. Isto causou desânimo considerável entre os pilotos e muitos preferiram o DIII. Manfred von Richthofen era particularmente crítico da nova aeronave. Numa carta dele em julho de 1917, ele descrevia o DV como "tão obsoleto e tão ridiculamente inferior aos ingleses que não podia fazer nada com essa aeronave". Testes britânicos de um DV capturado revelaram que a aeronave era lento em manobras, pesado nos controles e cansativo de voar.

Engenheiros decidiram então mover o arame de controle do aileron para a asa mais baixa e reforçar o ponto que conectava a asa a fuselagem. Para maior segurança eles adicionaram também uma nova estrutura para a asa baixa. Um poderoso motor Mercedes DIIIa foi instalado também. Com essas mudanças, o avião recebeu a classificação de Albatros DVa.  O avião foi fabricado na Albatros Werke e Ostdeutsche Albatros Werke e as entregas começaram em 06/10/1917.

O Albatros era usado em combate contra todos os tipos de aviões inimigos. Os pilotos amaram a sua grande visibilidade, facilidade de pilotagem, boa velocidade e taxa de subida. A nova máquina melhorou as características de vôo em altas altitudes também. Porém, ainda não havia nenhuma confiança dos pilotos nas asas e a maioria dos pilotos se recusava a executar os mergulhos abruptos em combate. Apesar desta desvantagem, os pilotos veteranos continuavam a aumentar a pontuação no número de abates. As saídas de combate com grandes números de caças Albatros tornaram-se cada vez mais freqüentes no front.

Os problemas estruturais do Fokker DRI e o desempenho medíocre do Pfalz DIII deixaram o Luftstreitkräfte sem alternativa e teve que usar o DVa até a entrada em serviço Fokker DVII no verão de 1918. A produção do DVa cessou em 1918 e mesmo com a entrada do superior Fokker DVII, o DVa permaneceu em uso até o final da guerra.

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