A Parabellum
era uma metralhadora da infantaria, leve e refrigerada a ar e que se tornou
disponível em janeiro de 1915. Ela foi imediatamente adaptada e adequada para o
uso em aviões. Na falta de uma arma comparável à Lewis, Vickers ou até mesmo a
Hotchkiss durante 1915, a Parabellum havia chegado em boa hora, quando Anthony
Fokker aperfeiçoava a engrenagem para disparar pelo raio da hélice.
Fokker que
nada sabia sobre o funcionamento de uma metralhadora, desmontou completamente a
Parabellum e a estudou até saber exatamente como ela funcionava. Então desenhou
então um esquema de engrenagens que fazia a metralhadora disparar apenas quando
a lamina da hélice não estava em linha com o cano da arma.
O mecanismo,
chamado de sincronizador; isto é, a arma era acionada pelo motor cada vez que
as pás não estivessem na frente de seu cano. E havia também o tipo interruptor,
onde a arma é operada pelo piloto e simplesmente não atira durante uma fração de
segundo em que a hélice está na frente, daí chamado de: interruptor.
O
interruptor tem a vantagem da quantidade de tiros disparados que é muito maior,
mas tem a desvantagem de falhar e a hélice podendo ser afetada pelo disparo. Isso
também ocorria ocasionalmente com o sincronizador. Alguns interruptores
entraram em serviço, mas todos os usados por mais tempo foram os
sincronizadores.
Fokker armou
um pequeno monoplano que tinha na fábrica com a sua invenção e tudo correu como
ele esperava. Alguns Fokker E.I Eindeckers foram modificados para aceitar a
Parabellum. Os dois primeiros chegaram à frente em junho de 1915. O Tenente
Boelcke fez a primeira vítima usando a máquina original, e pouco depois surgia outro
ás, Max Immelmann. Depois de poucos Fokker E.l serem entregues, a produção
continuou com o E-II que tinha um motor rotativo Oberursel de 100 hp em lugar
do normal de 80 hp.