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quarta-feira, 8 de maio de 2013

METRALHADORA: Parabellum MG 14




A Parabellum era uma metralhadora da infantaria, leve e refrigerada a ar e que se tornou disponível em janeiro de 1915. Ela foi imediatamente adaptada e adequada para o uso em aviões. Na falta de uma arma comparável à Lewis, Vickers ou até mesmo a Hotchkiss durante 1915, a Parabellum havia chegado em boa hora, quando Anthony Fokker aperfeiçoava a engrenagem para disparar pelo raio da hélice.

Fokker que nada sabia sobre o funcionamento de uma metralhadora, desmontou completamente a Parabellum e a estudou até saber exatamente como ela funcionava. Então desenhou então um esquema de engrenagens que fazia a metralhadora disparar apenas quando a lamina da hélice não estava em linha com o cano da arma. 

O mecanismo, chamado de sincronizador; isto é, a arma era acionada pelo motor cada vez que as pás não estivessem na frente de seu cano. E havia também o tipo interruptor, onde a arma é operada pelo piloto e simplesmente não atira durante uma fração de segundo em que a hélice está na frente, daí chamado de: interruptor. 

O interruptor tem a vantagem da quantidade de tiros disparados que é muito maior, mas tem a desvantagem de falhar e a hélice podendo ser afetada pelo disparo. Isso também ocorria ocasionalmente com o sincronizador. Alguns interruptores entraram em serviço, mas todos os usados por mais tempo foram os sincronizadores. 

Fokker armou um pequeno monoplano que tinha na fábrica com a sua invenção e tudo correu como ele esperava. Alguns Fokker E.I Eindeckers foram modificados para aceitar a Parabellum. Os dois primeiros chegaram à frente em junho de 1915. O Tenente Boelcke fez a primeira vítima usando a máquina original, e pouco depois surgia outro ás, Max Immelmann. Depois de poucos Fokker E.l serem entregues, a produção continuou com o E-II que tinha um motor rotativo Oberursel de 100 hp em lugar do normal de 80 hp. 

Surpreendentemente, o Estado Maior Geral Alemão não reconheceu o valor da arma instalada no Fokker, e que tinha em suas mãos e falhou em não encomendar mais aviões e metralhadoras em grande número rapidamente para usá-las em grupos, onde a sua força teria esmagado totalmente os aliados na época.



Calibre: 7.9mm.

Cadência de tiro: 700 tiros por minuto.



METRALHADORA: Vickers



A Metralhadora Vickers resultou de um aperfeiçoamento da Metralhadora Maxim, desenvolvida por Hiram Maxim no final do séc. XIX. Depois de absorver a Companhia Maxim em 1896, a Vickers pegou o projeto da Maxim e melhorou-o, reduzindo-lhe o peso e acrescentando-lhe um impulsionador de boca (dispositivo que usa os gases de saída da boca da arma, para aumentar o seu recuo).

O Exército Britânico adotou formalmente a Vickers como metralhadora padrão em 26 de Novembro de 1912, com o objetivo de substituir progressivamente as Maxim que tinha em serviço. Ao iniciar a Primeira Guerra Mundial ainda existiam muitas Vickers para receber e por isso a Força Expedicionária Britânica enviada para França em 1914 ainda ia equipada com Metralhadoras Maxim. A Vickers foi, inclusive, ameaçada de processo judicial sob acusação de lucros ilícitos com a guerra, em virtude do preço exorbitante que pedia pela arma. Como resultado, o preço foi reduzido.

À medida que a guerra progredia e os números de Metralhadoras Vickers aumentavam, ela acabou se tornando a metralhadora padrão do Exército Britânico, servindo em todas as frentes do conflito. Quando a Lewis foi adotada como metralhadora ligeira e atribuída às unidades de infantaria, as Vickers foram classificadas como metralhadoras pesadas e agrupadas no recém formado Machine Gun Corps (Corpo de Metralhadores). Depois do aparecimento da variante de calibre .50 pol, as Vickers de .303 pol foram reclassificadas como metralhadoras médias.

A Vickers também foi usada em aeronaves, como no Sopwith Camel e no Spad XIII. As versões para os aviões eram as Marks II/III/V mais leves e com refrigeração a ar. A metralhadora foi ajustada com a engrenagem para disparar pelo raio da hélice e com o sucesso dessa adaptação, a metralhadora tornou-se uma das melhores armas instaladas em aviões na guerra.

Calibre: 7.7mm.

Peso: 15-23 Kg

Alcance máximo: 4100 m.

Cadência de tiro: 450-600 tiros por minuto.

Alcance efetivo: 740 m.

METRALHADORA: LMG 08/15 Spandau



Em julho de 1916 entrou em uso no Halberstadt D.II uma nova metralhadora, a Spandau LMG 08/15, marcando o início da substituição da Parabellum como arma fixa. O pequeno número de Parabellum leves disponíveis e a crescente demanda de armas para os aviões por fim forçou os alemães a buscarem outras fontes.

A metralhadora padrão da infantaria, a Spandau 08/15, foi modificada para ser colocada em aviões porque era a única opcao. Embora ela seja 50% mais pesada, ela estava disponível em quantidades ilimitadas. Inicialmente ela foi modificada pela Fokker, mas com o aumento da demanda, uma subsidiária separada, a Companhia Alemã de Aviões e Armamentos, fabricante do sincronizador de metralhadora, modificava a Spandau para produzir o conjunto completo. 

A partir daí e até o fim da guerra, a Spandau foi a arma sincronizada padrão e a Parabellum tornou-se a arma flexível em uso pelos alemães. 

A mudança mais importante nos armamentos ocorreu com o Halberstadt D.II e o novo Albatros D.I de setembro de 1916, aos quais tinham duas metralhadoras Spandau atirando através do raio da hélice, passando novamente os aliados para trás.

O primeiro caça inglês com duas armas foi o Camel que chegou na frente de batalha 10 meses depois, embora seja necessário dizer que não só o amamento determinava a superioridade de um avião sobre outro que estivesse menos armado. Era a combinação de todas as características de vôo, performance, armamento e experiência do piloto que tornava um aparelho superior. 

Calibre: 7.92mm.
Velocidade inicial do projétil: 2,821 Pés por segundo.
Alcance máximo: 2200 jardas.
Cadência de tiro: 400-500 tiros por minuto.